~#Inquisição#~
Introdução
A Inquisição foi criada na Idade Média (século XIII) e era dirigida pela Igreja Católica Romana. Ela era composta por tribunais que julgavam todos aqueles considerados uma ameaça às doutrinas (conjunto de leis) desta instituição. Todos os suspeitos eram perseguidos e julgados, e aqueles que eram condenados, cumpriam as penas que podiam variar desde prisão temporária ou perpétua até a morte na fogueira, onde os condenados eram queimados vivos em plena praça pública, alem de outras torturas as quais eram submetidos aqueles que se opunham contra a igreja.
História e atuação
Aos perseguidos, não lhes era dado o direito de saberem quem os denunciara, mas em contrapartida, estes podiam dizer os nomes de todos seus inimigos para averiguação deste tribunal medieval. Com o passar do tempo, esta forma de julgamento foi ganhando cada vez mais força e tomando conta de países europeus como:Portugal, França, Itália e Espanha. Contudo, na Inglaterra, não houve o firmamento destes tribunais.
O cientista italiano Galileu Galilei: vítima das perseguições inquisitorias.
Muitos cientistas também foram perseguidos, censurados e até condenados por defenderem idéias contrárias à doutrina cristã. Um dos casos mais conhecidos foi do astrônomo italiano Galilleu Galilei, que escapou por pouco da fogueira por afirmar que o planeta Terra girava ao redor do Sol (neliocentrismo). A mesma sorte não teve o cientista italiano Giordano Bruno que foi julgado e condenado a morte pelo tribunal.
As mulheres também sofreram nesta época e foram alvos constantes. Os inquisidores consideravam bruxaria todas as práticas que envolviam a cura através de chás ou remédios feitos de ervas ou outras substâncias. As "bruxas medievais" que nada mais eram do que conhecedoras do poder de cura das plantas também receberam um tratamento violento e cruel.
Este movimento se tornava cada vez mais poderoso, e este fato, atraía os interesses políticos. Durante o século XV, o rei e a rainha da Espanha se aproveitaram desta força para perseguirem os nobres e principalmente os judeus. No primeiro caso, eles reduziram o poder da nobreza, já no segundo, eles se aproveitaram deste poder para torturar e matar os judeus, tomando-lhes seus bens.
A Fogueira da Inquisição:
Durante a esta triste época da história, milhares de pessoas foram torturadas ou queimadas vivas por acusações que, muitas vezes, eram injustas e infundadas. Com um poder cada vez maior nas mãos, o Grande Inquisidor chegou a desafiar reis, nobres, burgueses e outras importantes personalidades da sociedade da época. Por fim, esta perseguição aos hereges e protestantes foi finalizada somente no início do século XIX.
O Tribunal :
Para não ficar completamente injusto com as bruxas e os bruxos, os inquisidores criaram um tribunal, o Tribunal da Inquisição, para julgar as bruxas, além de realizar alguns testes. Existia um bem peculiar em que eles davam uma vassoura para a bruxa, e a atirava de um precipício, se ela voasse, ela era bruxa e, portanto, deveria comparecer novamente no tribunal para ser queimada, se não voasse e viesse a morrer então era perdoada e sua alma seria encaminhada ao céu. Claro que neste tribunal era quase impossível que as bruxas fossem inocentadas, pois não existia advogado, nem juri, por isso a bruxa era torturada e encaminhada a fogueira em menos de 5 minutos, no entanto se a bruxa pedisse perdão pelo que fez e beijasse a Cruz, eles a enforcavam e depois a queimavam mesmo assim, se fosse qualquer estudioso, cientista ou inventor eles queimavam apenas os seus olhos para que não pudessem mais ler nem escrever. O que é tribunal de inquisição?O Tribunal da Inquisição foi criado pela Igreja Católica Apostólica Romana, no período medieval, com o propósito de investigar, apurar, julgar e condenar os culpados por crimes de blasfêmia, heresia e outras práticas como a Bruxaria e o homosexualismo.O Tribunal era composto por eclesiásticos. Os suspeitos eram encarcerados (eram denunciados por um vizinho, um amigo ou um ambicioso qualquer), tinham seus bens confiscados e divididos entre a Igreja, o Estado e o denunciante e submetidos a um longo processo do qual costumeiramente constavam sessões de abdomináveis torturas e suplícios durante as quais deviam confessar suas culpas (que eles nunca sabiam qual era).Meses e, às vezes, anos depois eram setenciados ou libertados. Julgados culpados eram entregues ao Estado (governo) para que lhe fosse aplicada a sentença (quase sempre a morte- muitas vezes queimados vivos). A Inquisição, nos seus últimos séculos, perseguiu e matou milhares de judeus, protestantes, heréticos e homens das artes e das ciências que ousaram contrariar os ditames da Igreja e das autoridades eclesiásticas.Com freqüência a Inquisição foi usada por reis para justificar a prisão e execução de seus inimigos políticos, acusados de heresia.A venda de indulgências e coisas sagradas (simonia) foi uma prática muito comum na Baixa Idade Média. Comerciantes e clérigos vendiam todo tipo de coisas (como pedaços da cruz de cristo, espinhos da sua coroa, lugares no céu, ossos de santos, etc.) atribuíndo-lhes poderes miraculosos.A simonia foi uma das causas da Reforma Protestante. A Inquisição era um tribunal eclesiástico destinado a defender a fé católica e exercia também uma severa vigilância sobre o comportamento moral dos fiéis e censurava toda a produção cultural bem como resistia fortemente a todas as inovações científicas. Na verdade, a Igreja receava que as ideias inovadoras conduzissem os crentes à dúvida religiosa e à contestação da autoridade do Papa.
Se nos dias de hoje a bruxaria só causa curiosidade, na idade média a prática levou milhões de pessoas para fogueira.Os primeiros gravetos acesos para queimar mulheres acusadas de feitiçaria começaram a estalar, na Alemanha, em 1450.No Brasil,a implantaçaõ da inquisição tambem conhecida por Santo Oficio, ocorreu 1536, trazida de Portugal por ordem do papa, durante o reinado de Dom João III.O objetivo era claro: combater todas as heresias e descripãmcias religiosas além de proibir a publicação de livros sem prévia censura.De acordo com registros históricos 20 brasileiros foram queimados em praça pública pela Inquisição.
Segundo pesquisas realizadas na torre do Tombo, em Lisboa onde estão arquivados mais de 40 mil processos inquisitoriais entre denuncias e pertencentes á alçada do Santo Oficio, foram localizados 45 casos envolvendo moradores da Capitania de São Paulo. Entre eles 16 padres- acusados de namorar suas penitentes no confissionário-,oito sodomitas- homossexuais masculinos-,sete bígamos, sete feiticeiros, três autores de propostas heréticas, dois cristãos-novos e dois episódios de irregularidades no exércicio do cargo do Santo Oficio.
O primeiro episódio registrado em São Paulo data de 1741, quando o cirurgião Lucas da Costa Pereira, residente na Vila de Araritaguaba- hoje a cidade de Porto Feliz-, foi denunciado ao santo Oficio como libertino.Era acusado de comer carne em dias proibidos, de não frequentar mais as missas e de praticar atos sodomíticos com negros.Por volta de 1447 ,o cirurgião foi açoitado e condenado a 10 anos de exílio. O tropeiro Luiz Carvalho Souto, tambem morador de Araritaguaba foi perseguido pelo mesmo crime que o cirurgião.Ou seja, de integrar a "seita dos libertinos".Assim como eses dois Paulistas outros quatro foram perseguidos pelo tribunal da fé de Lisboa por libertinagem.
Entre os anos de 1762 e 1781 chegaram a inquisição lisboeta sete denuncias contra moradores da Capitania de São Paulo envolvidos com práticas de varios tipos de bruxaria, sendo três curandeiros, três feiticeiros e um portador de uma "bolsa malígna"-amuleto ostentado pelos colonos afroluso-brasileiros.Dos acusados três viviam em Guarapiranga, e o restante em Santos, Cotia, Mogi das Cruzes e Sorocaba.apesar da acusação de pratica de bruxaria, nenhum deles chegou de fato a ser encarcerado pela Inquisição.
É difícil precisar o número de pessoas condenadas à morte. Uma coisa, porém, é certa: entre todos os condenados à morte por bruxaria, mais de 85% eram mulheres. Algumas cidades realizaram mais de 600 execuções por ano, uma média de duas por dia, "exceto aos domingos".
Como interrogar uma bruxa
Em 1486, com as bênçãos do papa Inocêncio, Heirich Kramer e James Sprenger escreveram aquele que seria o livro de cabeceira dos inquisidores e torturadores dos séculos seguintes. O Malleus Maleficarum – O Martelo das Feiticeiras (Editora Rosa dos Tempos, 1991) ensinava como reconhecer uma bruxa e, principalmente, técnicas de tortura que deviam ser aplicadas para obter confissões.
O livro unia as crenças folclóricas sobre feitiçaria com a doutrina da igreja sobre heresia e culto ao diabo. E consolidava definitivamente o desprezo pela figura da mulher: "O que é a mulher senão a inimiga da amizade?", escreveram os autores. "Uma inevitável punição, um mal necessário, uma tentação natural?".
As mulheres seriam falsas, lascivas, mal-intencionadas e sem força de vontade. Totalmente voltadas para a convivência com o demônio "porque eva nasceu de uma costela de adão, portanto nenhuma mulher pode ser reta".
Em pleno Renascimento, época de grandes descobertas científicas e agitação cultural – às vésperas dos grandes descobrimentos –, a publicação do Malleus Maleficarum intensificou a perseguição às bruxas em toda a Europa.
Em 1579, o concílio da igreja declara: "Todos os charlatães, adivinhos e outros que pratiquem necromancia, piromancia, quiromancia e hidromancia serão condenados à morte".
No livro encontram-se diversas formas de tortura, das mais absurdas possíiveis a que um ser humano pode ser exposto
como o fato de abençoarem a água de um poço, assim amarravam a dita Bruxa e esta era arremessada dentro d'água junto com uma pedra do seu mesmo peso.se ela afundasse seria perdoada e uma missa encaminharia sua alma para o céu, caso "boiasse" seria julgada como bruxa e queimada na fogueira, se a bruxa pesasse mais que a biblia tambem estaria com o destino traçado.
~#A INQUISIÇÃO #~
Incriminado sem motivo
O herege seguia para a fogueira
A Inquisição, o amor de deus ativo
A causa da mente tomada pela cegueira
Confiscando os bens para a igreja “benévola”
Torturando os inocentes de forma malévola
Matando sob proteção divina
Torturando milhares em carnificina
A ganância dos domini canes
Mantinham os tribunais da Inquisição
Os pensadores ficavam sem ação
O povo em ignorância, ria da atração
Tempos obscuros do passado
Tempos não tão distantes
O cheiro de corpo assado
Ainda se faz presente nestes instantes
Pois o mal fanático reverbera
Ecoando através de toda Era
Que o passado não se repita, quem me dera!
Só resta a critica que algum pensador fizera
Haverá algum momento nesta terra
Em que o fanatismo deixará a nossa Era?
Notas: "domini canes" significa "cães de deus"
é um jogo de palavras com Dominicanos
freis seguidores dos ensinamentos de São Domingos,
que junto com os franciscanos, ajudaram no
funcionamento da Inquisição em alguns períodos.
Para acompanhar...
um som da banda brasileira Ungodly
música:Murderers in the name of god
FONTE:ANTROPOPHAGIA
por MARIO ARTHORIUS